Da tristeza inexplicável - 28 Fev

Uma cliente de Terapia Floral, jovem, bonita e inteligente, prestes a defender sua tese de mestrado, manifestava com frequência uma tristeza e um desânimo que não tinham nenhuma relação com sua vida atual. Em muitos momentos, mesmo cercada da família e do noivo, com quem tem uma relação tranquila e afetuosa – com todos os outros quesitos, normais nas relações entre as pessoas – ela não estava feliz, se sentia isolada, sozinha. Triste.

Fizemos esta semana sua terceira sessão de Regressão, dentro do método da Psicoterapia Reencarnacionista (www.abpr.org). Sem surpresa, ela reviveu uma encarnação de muita tristeza e culpa, onde havia morrido sem conseguir proteger os netos, gêmeos, da violência do pai. Ela própria desencarnou de forma violenta, vitima da ira deste genro, que já havia matado sua própria filha. A este cenário de dor e tristeza, somou-se a culpa, pois os netos ficaram sozinhos e desprotegidos, suas vidas marcadas pela violência e pelo abandono.
 
Diz a Bíblia “pedi e recebereis”. Há várias sessões falávamos sobre a tristeza, e tenho certeza que ela, em suas preces, pedia para ter esta nuvem afastada da sua vida. Ela queria, como todos nós, uma vida plena, onde se sentisse plena. Uma vida real, conectada com as pessoas, sintonizada e forte para conquistar seus objetivos.

Pedi e recebereis. Quantas vezes pedimos, quantas vezes confiamos que nosso pedido será ouvido? Quantas vezes deixamos de lado um caminho de cura, uma sugestão, um conselho, achando que nada irá funcionar, que não iremos conseguir, que merecemos qualquer peso que seja, apenas porque ouvimos dizer que a vida é assim mesmo?
Temos oportunidades e lições todos os dias, todos os dias surgem novas chances de encontrarmos aquela vida, dentro e fora de nós, com a qual tanto sonhamos. O comprometimento desta moça em buscar o melhor para si, sua fé, foram recompensados com a leveza, a paz e o entendimento que ela agora encontrou, e que serão seus novos companheiros de jornada. Bem aventurados os que pedem, porque serão atendidos!

Lei de trânsito e floral - 21 Fev

Diz um amigo meu, advogado, que quando as leis são muito rígidas, aumenta a probabilidade de as pessoas infringirem, pela falta de condições de obedecê-la. Parece ser este o caso da nova lei do trânsito com relação ao álcool. Para ilustrar, uma repórter da Globo fez a seguinte experiência: comeu um bombom com licor e depois foi testada no bafômetro. Seu nível de álcool subiu além do permitido pela lei.

Enquanto aprendemos a conviver com a lei, a ARTFLOR, a associação gaúcha de terapeutas florais, está preparando um boletim com orientações, que divulgarei em breve aqui mesmo. E através da terapeuta Maria Grillo (Sistema brasileiro Filhas de Gaia), nos chegam informações sobre a dosagem de floral permitida pela ‘lei seca’, em estudo elaborado pela Mona’s Flower, representante no Brasil dos florais de Bach.

Vou resumir: a Lei 11.705, proíbe o consumo da quantidade de bebida alcoólica superior a 0,1 mg de álcool por litro de ar expelido no exame do bafômetro (ou 2 dg (0,2g) de álcool por litro de sangue) por condutores de veículos, ficando o condutor transgressor sujeito a pena de multa, a suspensão da carteira de habilitação por 12 meses e até a pena de detenção, dependendo da concentração de álcool por litro de sangue.



Esclarece o estudo da Mona’s que 4 gotas de floral gera em um homem de 75kg o equivalente a 0,015g de álcool por litro de sangue e o permitido pela legislação são 0,2g de álcool por litro de sangue. Para que um usuário chegue nessa concentração, precisará ingerir 52 gotas de floral num período de 1h.

Ou seja: a dosagem de 4 gotas de floral está nos níveis permitidos pela lei. Ainda assim, recomenda-se que seja usado 10 minutos antes de dirigir, pois o álcool residual é presente na mucosa oral, e pode afetar a leitura do bafômetro.
Portanto, pode continuar usando seu floral sem preocupação. A equação elaborada pela Mona’s para o estudo testou com brandy em concentração de 40%, que é maior que a taxa da maioria dos conservantes que usamos, mesmo em homeopatia. Para garantir, leve seu floral na bolsa!

Vida em stand by - 14 Fev

Estava conversando por Skype com uma cliente que está morando em Lisboa. Curiosamente, podia me identificar com muitas coisas que ela me contava (nada é por acaso!): o desânimo frente às dificuldades, a cobrança sobre seus resultados nos estudos e mesmo no trabalho, apesar de não estar fácil a situação em alguns países europeus, como todos sabem. Até mesmo pros nativos...

Há momentos em que a vida parece estar em stand by, na espera, literalmente, e a gente sente que nada anda direito. Nossas ações não dão resultado – ou a ansiedade nos leva a crer que não darão – e uma nuvem de desalento cobre o horizonte. Dia após dia a frustração aumenta. Dentro de nós aparecem várias vozes, algumas vezes personificadas (pai, mãe, etc.), outras vezes simplesmente a ‘voz da consciência’, que a título de nos dar apoio e direção, consegue apenas aumentar a culpa e o senso de inadequação para lidar com o cotidiano e seus percalços.
Como numa sopa, o sabor dos ingredientes misturados impede que a gente identifique com clareza cada um deles. Neste quadro emocional, tudo fica misturado e confuso e, ao contrário da nutritiva sopa, nos sentimos esvaziados e sem calor, sem energia. Manter este estado por muito tempo pode levar a uma crise de ansiedade, ou a um quadro depressivo.


Para baixar a velocidade e apaziguar o mental, Black Eyed Susan (Bush Austrália) é excelente, assim como White Chestnut (Bach), que também ajuda na insônia e nos pensamentos repetitivos. Saint Germain e Boa Sorte (Sistema Saint Germain, brasileiro) são boas opções: o primeiro auxilia no quadro depressivo e dá fé e confiança e o segundo, bom, como diz o nome, traz a boa sorte pra perto. Se a confusão for muita, use Rescue (Bach) por uma semana, três vezes ao dia, que a tempestade passa, o equilíbrio volta e os sintomas ficam mais claros.
Mas, atenção com o uso do Rescue! Como o próprio nome esclarece, ele é um floral de resgate e equilíbrio, não deve ser usado sempre. Avalie suas emoções, e use as essências que são realmente indicadas pro seu caso.

Amor e Luz!

Luto 4 Fev

No dia 18 de janeiro de 2013 eu acordei às seis e meia da manhã, com um telefonema da minha irmã. Àquela hora, eu já sabia o que poderia ser. Poucas horas depois, abraçava o corpo do meu pai, deitado com face serena, em sua própria cama, onde havia expirado. Beijei-o muitas, muitas vezes, e conversei com ele como sempre fiz, pedindo, em meu pensamento, que a minha mãe tivesse sido a mensageira de Deus naquela passagem.
 
Poucos dias depois, todos nós envoltos nos laços silenciosos do luto, levei minha sobrinha ao aeroporto, de volta à California, à universidade e à vida, que não espera. Era domingo, dia 28 de janeiro, umas oito horas da manhã. Por uns poucos segundos, descendo a escada rolante do Salgado Filho, encontrei os olhos de uma mulher de uns 30 e poucos anos, que chorava, sozinha, agarrada ao corrimão do andar superior. Nos fitamos por apenas uns segundos, e lembrei de mim mesma, há poucos dias, num voo doméstico, chegando a Porto Alegre para abraçar meu pai. Compreendi aquela dor solitária, compartilhei com aquela estranha um luto que nem mesmo tinha condições de avaliar. Apenas instantes depois, ligando a televisão, tive o entendimento daquelas lágrimas.

Enlutamos todos, eu pelo meu pai de 84 anos plenos, o Rio Grande do Sul e o Brasil pelos mais de 200 jovens, crianças como a minha sobrinha, que já estava naquele momento, sã e salva em Los Angeles, de volta ao seu cotidiano de aluna. Viva. Enquanto helicópteros cruzavam os céus do Bonfim porto-alegrense, e minhas irmãs e eu nos deparávamos com a avassaladora ausência do pai protetor e onipresente, jovens vidas eram veladas, algumas transportadas por todos os meios, na mais incrível operação de salvamento e solidariedade que eu já presenciei em minha terra, aos 51 anos de idade.
Flor solitária, colocada na lápide da Família Guimarães em Taquari, RS
Não há palavras para o luto. Mesmo a passagem esperada não consegue suavizar o vazio inexplicável,  contra o qual talvez apenas a fé nos defenda. Não há uma manhã em que não se acorde de frente para o vácuo, e nosso primeiro pensamento não seja para aquele ser humano que esteve conosco todos os dias. Para quem vou contar esta mesma história que agora escrevo, com quem vou debater as ideias do presente, os planos do futuro, onde vou encontrar um olhar solidário, firme, cuidador, que minimamente se aproxime do pai que se foi?
Não há palavras para o luto das jovens vidas de Santa Maria. Talvez a espiritualidade seja nossa defesa frente ao total sem-sentido desta situação dantesca, que não cessa de nos comover. Não há fuga do luto, e como sabem os adultos, como eu sei, apenas o tempo ameniza esta dor.
Sem nenhuma sugestão terapêutica neste artigo, como venho fazendo aqui há meses, ouso no entanto sugerir que todos nós, aqueles que vivem o luto e aqueles que se compadecem com a dor de tantos, levantemos por um minuto nosso olhar para o alto, e dentro de nossos corações, façamos uma prece pelo acolhimento de todos no coração de Deus. As preces são o balsamo que cura os que ficaram e os que se foram, e iluminam o caminho terreno e a nova vida do espírito. Luz, Fé e Amor para todos.