Fui vítima de bullying! - 28 Jul

Quando leio artigos sobre bullying, me sinto reconfortada por não viver mais o ambiente escolar, infanto-juvenil, em que estas situações parecem ser abundantes. Leio e me compadeço das vítimas e das famílias, pensando “que coisa mais difícil de lidar...”

Mas, pasmem, fui vitima de bullying! E o mais interessante é que não fazia ideia. Aliás, deve ser assim que os abusadores profissionais trabalham, sabendo que o abusado não está se dando conta de que está sendo invadido, desrespeitado. Há uma antena especial nestas pessoas, e com ela detectam aqueles que são potencialmente, digamos, exploráveis.
Nas experiências recentes, detectei dois tipos de abusadores (deve haver mais, claro): o agressivo e o vitimizado. O agressivo é bem fácil de perceber, pois fala alto, argumenta com aspereza, coloca a pessoa contra a parede, exige definições, quer ouvir o que quer ouvir, sem diálogo. Não presta atenção ao que ouve (não ouve), não quer contra-argumentos. Quer que seja feita a sua vontade, como um Deus da Ira e da Vingança, cobrando de nós a atenção que o mundo devia ter lhe dado.

 
O abusador-vítima é mais difícil de perceber. Ele se aproxima com alguma demanda, faz um pedido, apresenta suas razões, em conversas intermináveis. Dá detalhes de sua situação difícil e porque você é o salvador da ocasião, se resolver ser magnânimo e caridoso, e concordar com as suas exigências. Argumentos racionais e objetivos não lhe interessam, ele não lida com a realidade, apenas quer entrar na sua energia e fazê-lo sentir culpa e comiseração. E concordar com o que ele quer, claro. Diálogos adultos e aspectos objetivos são evitados a todo custo, pois expõem o jogo da vitimização do qual ele se nutre.
Pois o que aprendi, e que divido aqui com o leitor, é que minha energia não está à venda, não está pra alugar – ela é meu bem maior, reflete a minha essência, e dou de graça pras pessoas que vibram da mesma forma, com honestidade, com transparência. Com respeito.

Se estas forem as bases das nossas interações, fico feliz de fazer negócio com você, caro abusador, mas você vai ter que mudar, pois agora a minha ficha já caiu. Vou tratá-lo com respeito, e não aceitarei nada menos que isso. Se precisar, vou usar terapia e remédios florais/homeopáticos (há alguns maravilhosos para as pessoas que não sabem dizer NÃO), mas não vou voltar atrás. E espero, sinceramente, que você não encontre ninguém mais pra abusar, pois este será o sinal do universo de que sua forma de agir já era. Como aliás demonstram centenas de fatos a nossa volta, no Brasil e no mundo.       

"De quantas regressões eu preciso?" - 18 Jul

Uma jovem veio ao consultório e, com a pressa dos jovens, perguntou: “Quantas regressões eu preciso fazer?” Esta é, como dizem, a pergunta de um milhão de dólares...

A regressão é uma ferramenta para auxiliar a pessoa a compreender como fazer sua reforma íntima, pois mostra os padrões que vem mantendo vida após vida, justamente aquilo que precisa corrigir nesta vida. Se o padrão é a depressão ou a tristeza, a ganância e o egoísmo, não importa. Importa que isto venha para a consciência, que a pessoa observe e aprenda, e tenha meios de mudar. No método que uso, da Psicoterapia Reencarnacionista, dois objetivos são alcançados com a regressão: o desligamento da vida passada com a qual a pessoa ainda estava sintonizada, e que afetava a vida atual, e o aprendizado feito pela vivência destas experiências. Com o aprendizado vem a possibilidade de fazer a sua reforma íntima, e tornar-se um ser humano melhor e mais feliz.

Cabe a cada pessoa agir neste sentido. Todos temos a liberdade de agir ou não, buscar ou não, nada nos é imposto. Como diz a Bíblia, a semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória. Mantendo uma vida de egoísmo, mesmo que nos pareça aprazível no momento, o tempo nos trará estes frutos. Uma vida de depressão, por mais que pareça que somos incapazes de mudar (a depressão produz este sentimento de impotência), somente trará mais depressão e tristeza. Conhecer o padrão permite mudá-lo.

 
Mudanças não são fáceis, indolores ou rápidas, sabem aqueles que já passaram dos 30... basta olhar para trás e observar quanto tempo passou entre uma fase e outra da vida, o quanto custou aquele processo de amadurecimento. Mudanças demandam determinação, coragem, fé no processo e também no mundo espiritual, que comanda todas as nossas ações, por mais que nos sintamos independentes e autossuficientes.
Por tudo isso, a pergunta que a jovem fez continua sem resposta. Podemos imaginar que o início do processo demande, em média, três sessões de regressão, mas isto não quer dizer que nunca mais ela será necessária. Faz-se uma ‘limpeza’, segue-se adiante, outra se faz necessária (usando um comparativo bem singelo). A vida continua, com suas demandas e descobertas, e as oportunidades de mudar, de crescer, de alcançar patamares mais elevados de existência. Temos o conhecimento, temos as ferramentas. Talvez o que esteja faltando seja partir para a ação...!