O Rio Grande do Sul é bipolar? 01Nov

Que coisa maravilhosa são as coincidências! Já reparou? Você lê algo no jornal, em seguida conversa com alguém na rua e a mensagem tem a ver com a matéria recém lida. À noite vai a uma palestra e ouve uma versão mais complexa daquilo que ficou o dia inteiro martelando na sua cabeça...

Foi o que aconteceu ontem comigo. Me impressionou muito o movimento da ADVB em favor de um Rio Grande do Sul positivo, harmonioso, dialogante, digamos, mesmo que a palavra soe estranho. O movimento “Rio Grande do Sim” foi lançado por uma união de empresários e entidades, e o fundamento é que precisamos parar de polarizar, assumir posições antagônicas e por elas brigar até a morte (como fazemos desde antes da Revolução Farroupilha), e encontrar uma forma de dialogar, encontrar um meio termo, um ponto de convergência que nos una, motive e mobilize. Estamos, como estado e como povo, perdendo posições na economia, na educação, na projeção geopolítica, e parte da responsabilidade é esta coisa antagônica – bipolar – que além de alimentar desavenças e trazer mau humor, não cria nem produz nada construtivo.
 
Grande ideia! Complementou-se brilhantemente, e por coincidência, com a palestra, à noite, do diplomata egípcio Mohamed Elbaradei, que falou justamente sobre dialogar, ir ao encontro dos nossos ‘inimigos’ e encontrar formas de paz, desenvolvimento, qualidade de vida. “A pobreza é a maior arma de destruição de massa,” disse, colocando também a desigualdade e a insegurança como os maiores problemas para as nações hoje em dia. Ele sabe do que fala: foi diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica e ganhou o prêmio Nobel da Paz em 2005. Ser um agente promotor da paz no Oriente Médio não é pra qualquer um...

Voltando aos pagos: a pergunta que faço no título tem a ver com a campanha do SIM, e com longos anos de observação desta minha terra e da sua gente, que parece realmente oscilar entre o comportamento ensimesmado e taciturno do gaúcho típico (quem lembra do Blau Nunes, personagem do Simões Lopes Neto e retrato vivo da alma gaúcha?) e a energia bélica e tonitroante dos farrapos, sempre prontos a defender terra, honra, família. Sempre prontos para a luta.

Holly

Voto no sucesso da campanha, aposto na proposta do prêmio Nobel, e daqui do meu canto do mundo voltado às terapias vibracionais, conclamo os gaúchos de todas as querências à paz e à conciliação, ao debate produtivo. Nem a depressão ensimesmada, nem a mania furiosa. Uma boa forma de começar é o lindo floral de Bach que limpa a raiva, o ressentimento e a contrariedade, o Holly (Ilex aquifolium). Que por coincidência, é primo-irmão da erva-mate  (Ilex paraguariensis).

Semana que vem eu continuo esta história! Bom feriado!



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