Tudo o que tu vês é a ti mesmo. Há meses, acordei com esta frase na cabeça, anotei
no ‘caderno de sonhos’ e esqueci. Na meditação de hoje ela me veio de novo,
quando eu pedia pela paz e harmonia na minha família, e em todas as famílias,
já com aquele espírito de fim de ano e festas.
Dizem
os mestres que nossos maiores desafios estão na família. Reencarnamos próximos
de pessoas a quem precisamos dar e receber perdão, entrar em harmonia, fazer
paz. Não raro, estas pessoas não tem a mesma sintonia (claro, se tivessem não
seria desafio!) que nós, que nos esforçamos por ficar alinhados com a
espiritualidade, seja lá de que jeito for, e trazer pros nossos ambientes os
valores e a paz que fazem tanta diferença. Que curam.
É
claro que o desafio incomoda, nos tira da calma, nos deixa irritados,
indignados. Como é possível que aquilo que é tão óbvio pra mim, seja tão
incompreensível pro Fulano? Será que o Fulano não vê que está agindo mal, que
está detonando sua saúde, conta bancária, relacionamento com a esposa, com os
filhos, enfim... Cada família tem sua história, mas são todas muito
semelhantes. Fazer paz é complicado: quando ajeita um lado, entorta o outro...
Minha
experiência me ensinou que paz é um exercício infindável de acolhimento e
silêncio. Não posso mudar ninguém, não vou mudar ninguém, mas posso mudar a mim
mesma. Posso limpar meus pensamentos de raiva, cobrança – não apontar mais o
dedo pra culpar ninguém. Apesar das dificuldades ao redor, posso continuar
orando, confiando. Posso entregar minhas angústias para quem pode mais, num
altar imaginado, cheio de luz, onde tudo é transmutado.
Quando
eu faço isso, me dou conta que estou vendo as coisas de forma diferente. Não
estou mais pesada, não estou mais irritada, meu rosto se suavizou. Estou vendo
diferente, porque dentro de mim as coisas estão diferentes. Dentro de mim. Tudo
o que eu vejo agora é paz, saídas, soluções, possibilidades, oportunidades.
Tudo o que eu vejo é um novo eu, que confia em todas estas coisas.
Amanhã
é outro dia e novos desafios baterão à porta. Não estou sentada em cima da
montanha no Tibet, trabalho e corro como todo mundo. Mas tenho uma fonte
infinita de alimentação, uma fonte de serenidade que me permite ficar lúcida,
observar e decidir.
Muito
disso tem base nos três anos de estudo do livro Curso em Milagres. Muito vem das palavras suaves que me sussurram
em sonho. Muito, da determinação de meditar todos os dias, no tempo que der.
Desejo do fundo do meu coração que você encontre um espaço dentro de si para
esta mensagem, e que deseje trazer mais paz para si mesmo. E que, assim, passe
a criar fora de si um mundo inteiro de paz.
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