No livro Curar
o stress, a ansiedade e a depressão sem medicamento nem psicanálise, o médico
e cientista francês David Servan-Schreiber, falecido no ano passado, indica
diversos tipos de terapias alternativas ao uso de medicação e afirma: “antidepressivos
não curam a depressão, no mesmo sentido que antibióticos curam a infecção”. Quem
já usou antidepressivo sabe o tempo que demora a ‘sintonia fina’ do medicamento
e a melhora da pessoa, um delicado estudo que o profissional da área precisa
fazer individualmente, caso a caso, com criterioso acompanhamento.
As opções apresentadas por Servan-Schreiber são simples, como o exercício físico; sofisticadas, como a reprogramação do relógio biológico, para os que sofrem de depressão sazonal – falta de luz solar; e até mesmo revolucionárias, como o EMDR (sigla em inglês), que quer dizer Integração Neuroemocional pelos Movimentos Oculares, já com pessoas capacitadas no Brasil. Mas nenhuma delas é tão surpreendente quanto o Ômega 3.
A ingestão de
9 gramas diárias de Ômega 3 tirou de
um quadro de depressão severa um empresário chamado Benjamin (página 140 do Curar),
e o médico conta com detalhes este caso, inclusive o terrível desequilíbrio causado
pelo uso excessivo de antidepressivo, que levou o homem a um quadro de mania,
hiperatividade, hipersexualidade, assédio de colegas, perda do emprego e da família.
Vale pensar
bastante antes de submeter-nos, ou aos nossos amados e próximos, ao uso de medicação
com tarjas de qualquer cor. A busca pela informação e por opções saudáveis e
equilibradas sempre traz recompensas. Não acredite que, só porque todo mundo
está usando e todo mundo está receitando, é o melhor. As vezes é exatamente o
oposto!
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